5 destinos para se encontrar

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Alguns cenários têm vocação espiritual: algo de misterioso e bonito capaz de colocar você em um estado de harmonia profunda com a natureza e consigo mesmo.

1. Deserto do atacama – San Pedro de Atacama, Chile

Lugares de extremos costumam ser ideais para uma experiência ao mesmo tempo sensorial e contemplativa. Localizado na fronteira com o Peru, esse deserto é tido como o mais alto, o mais árido e o mais frio do mundo (à noite, a temperatura pode cair a 0ºC e, durante o dia, o calor intenso chega aos 40). Entre vulcões, lagoas e gêiseres – nascentes de água termal que entram em erupção emitindo jatos de até 10 metros de altura, com uma temperatura média de 85 graus -, os sentidos afloram. O Salar do Atacama, gigantesco reservatório de sal e lítio, pode remeter, a princípio, a uma visita a outro planeta. Ou lembrar, como o teólogo francês Jean-Yves Leloup bem resumiu, que “cada um tem seu próprio deserto a atravessar”.

Quanto custa (sem aéreo):
U$S 1 931, 5 noites, traslado, passeios e hospedagem

2. Parque Zenpukuji – Tóquio, Japão

Nesse parque localizado em Tóquio, a atração principal são as cerejeiras em flor. Foto: Masahiro Noguchi/Getty Images
Foto: Masahiro Noguchi/Getty Images

É uma proeza um país tão populoso conseguir ser ao mesmo tempo tão contemplativo. Pois o Japão, com uma densidade demográfica de 337 habitantes por quilômetro quadrado, se mostra repleto de templos, parques e paisagens naturais. Um dos exemplos mais encantadores é o Parque Zenpukuji, em Tóquio. Ele divide com o Parque Ueno, marco na tecnológica cidade, uma das atrações da primavera: as cerejeiras em flor.

Na terra do sol nascente, cerca de 75% do território é composto de florestas ou montanhas como o célebre Monte Fuji, com 3 776 metros de altitude de absoluta imponência. Quioto, capital do Japão imperial até 1868, concentra diversos templos, como o belo Kinkaku-ji (templo do pavilhão dourado, em japonês, por ter a fachada folheada a ouro), contornado por um lago espelhado e com uma pequena floresta ao fundo. O Memorial da Paz de Hiroshima é outro convite à reflexão. A construção (ruínas, na verdade) fica a 150 metros do epicentro da explosão atômica que encerrou a Segunda Grande Guerra.

Quanto custa (sem aéreo):
R$ 6 636, 6 noites, traslados e passeios

3. Chapada Diamantina – Bahia, Brasil

Foto: Leo Caldas/Agência Titular
Foto: Leo Caldas/Agência Titular

Nesse complexo rochoso composto de 27 municípios no coração da Bahia, a caatinga encontra a flora serrana em paisagens exuberantes. Correntes de água nascem por todos os lados e formam dezenas de cachoeiras. Entre vales e cumes, a Chapada, protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, abriga comunidades alternativas, como a do Vale do Capão, no município de Palmeiras. Ali, o contato com os nativos, e com o estilo de vida frugal deles, inspira. A cidadezinha fica bem próxima da Cachoeira da Fumaça, a segunda maior do país, com 340 metros. Por causa da variação de relevo, o Vale do Pati é repleto de jardins naturais de vegetação rupestre, alternados por cachoeiras que parecem escadarias líquidas. Paisagens descomunais para se contemplar até onde a vista alcança. Uma amplidão capaz de fazer silenciar.

Quanto custa (sem aéreo):
R$ 2 610, 5 noites, traslados e passeios

4. Chapada dos Veadeiros – Goiás, Brasil

Foto: Daniel Arantes/Sambaphoto
Foto: Daniel Arantes/Sambaphoto

O município de Alto Paraíso, pertencente à Chapada dos Veadeiros, atrai visitantes do mundo inteiro por seu santuário ecológico, com fauna e flora típicas do cerrado, patrimônio natural mundial reconhecido pela Unesco. Uma lenda diz que a cidade estaria a salvo de qualquer desastre natural. Cortada pelo paralelo geográfico 14, o mesmo que atravessa Machu Picchu, no Peru, o município fica sobre uma placa de quartzo de 4 mil metros quadrados, cercada por rochas e paredões. Não se sabe como os rumores místicos começaram, mas a cidade teve uma pane elétrica na virada de 1999 para o ano 2000 por sobrecarga ao reunir mais de 3 mil turistas, o equivalente a quase a metade de sua população.

Quanto custa (sem aéreo):
R$ 3 662, 4 noites, passeios e traslados

5. Machu Picchu – Andes, Peru

Foto: Hervé Hughes/Getty Images
Foto: Hervé Hughes/Getty Images

Redescoberta em 1911, a cidade pré-colombiana mantém construções do século 15 (um terço de seus prédios são completamente originais – os outros dois terços foram reconstruídos). Não bastasse essa singularidade arquitetônico-histórica, Machu Picchu fica a 2,4 mil metros de altitude, no topo de uma montanha, que por sua vez é circundada pelo Rio Urubamba. Hoje, a cidade é protegida pela Unesco, como Patrimônio Mundial da Humanidade. De acordo com a história inca, o complexo foi planejado para a passagem do Deus Sol – há um calendário solar, feito de pedra, a propósito. Também é possível visitar ali diversos terraços agrícolas e alguns templos, além de habitações. A caminhada pode durar três dias pela Trilha Inca e vale se programar para chegar antes da alvorada, quando os raios do Sol deixam, emocionantemente, a cidadela dourada.

Quanto custa (sem aéreo):
R$ 1 872, 4 noites

Fonte: MdeMulher

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