Com o objetivo de oferecer apoio nas decisões estratégicas dos associados, aconselhando-os com base na situação econômica do país, a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) fechou parceria com a empresa Lerosa Investimentos, presente no mercado desde 1963. O acordo foi firmado hoje (5), durante a segunda convenção internacional, que está sendo realizada em Santiago, no Chile.
Na ocasião, Fernando Ferreira, gestor da Lerosa Investimentos, mostrou aos representantes das agências associadas participantes do evento um panorama atual da econonomia, com projeções de crescimento. “O Brasil, hoje, está abaixo dos demais países da América Latina”, completou.
Segundo Ferreira, o maior problema gira em torno da facilidade de abertura de crédito no país nos últimos anos. “Hoje os brasileiros gastam muito, inclusive com viagens, mas precisamos voltar a crescer pelo lado produtivo e não pelo consumo. No primeiro semestre de 2015 é importante arrumar a casa. Nós do mercado financeiro estamos olhando os próximos cinco, seis anos com essa perspectiva”, disse.
Ferreira também enfatizou que o país só poderá melhorar “se houver menos inflação, mais produtividade e mais emprego. A apresentação de uma equipe econômica convincente trouxe mais otimismo por parte dos empresários, porém o consumo será mais moderado nos próximos meses”, completou.
Na apresentação, o gestor da Lerosa mencionou, ainda, alguns setores que irão se beneficiar no futuro, com o crescimento do país. “As commodities terão preços mais fracos no mercado internacional, o cambio será mais desvalorizado, o governo terá pouco espaço para grandes investimentos e o crescimento mundial ainda será tímido, mas acima dos 2%. O agronegócio continuará sendo o carro-chefe da economia”.
No que concerne o segmento de turismo, o gestor destaca que há um potencial enraizado muito grande. “O brasileiro atualmente quer estudar, mas também deseja conhecer muitos lugares do mundo”. Para finalizar, Ferreira deixou a mensagem de que “2015 e 2016 serão anos de contenção de custos. Só em 2017 teremos credibilidade econômica e iremos colher resultados positivos”.