Turismo de negócios e eventos cresceu 400% de 2003 a 2013

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O turismo de negócios e eventos é uma das maiores revelações da indústria nacional de viagens na última década. O aumento do fluxo de empresários e trabalhadores tem gerado renda aos destinos para os períodos de baixa temporada. De acordo com um estudo do Ministério do Turismo, o segmento é o segundo maior fator de atração de visitantes estrangeiros, respondendo por 25,3% dos turistas internacionais que vêm ao país. O gasto médio diário dos turistas que viajam a negócios é de US$ 102,18, valor 50% maior que o do turista de lazer.

Os viajantes a negócios prestigiaram 62 eventos internacionais no Brasil em 2003. Dez anos depois, esse número subiu para 315, um crescimento de cerca de 400%. O número de cidades brasileiras que sediou eventos internacionais também subiu no período: passou de 22 para 54, alta de 145%. As promotoras de feiras e organizadoras de eventos estão entre as empresas que apresentaram maior crescimento no faturamento naquele ano: 13,8% e 9,6% de acréscimo nas receitas, respectivamente.

“A escolha do Brasil como sede latino americana da WTM de Londres foi um reconhecimento da nossa capacidade de realizar grandes eventos. O Brasil avança cada vez mais como destino de grandes feiras e hoje ocupa a 9ª posição no ranking mundial de turismo de negócios. Eventos como a WTM têm o poder de atrair negócios, criar novas tendências e encontrar soluções inovadoras para atender aos anseios de um mercado consumidor, cada vez mais exigente”, afirma o ministro do Turismo, Henriques Alves.

Além do movimento do mercado, o governo federal vem investindo para conferir qualidade internacional ao segmento. Por meio do PAC do Turismo, R$ 680 milhões foram investidos na construção e reforma de centros de convenções no país. O objetivo é dar início a uma parceria mais afinada com o setor, um plano estratégico para a economia do turismo no Brasil.

A vocação para o segmento se destacou em uma década marcada pela efervescência de megaeventos realizados no Brasil. O terreno amplamente favorável para a captação de congressos, feiras, convenções e grandes espetáculos, somado à experiência bem-sucedida do país na organização de grandes festas populares, transformou o Brasil em um ícone do segmento na América Latina.

Grandes festivais de música, a conferência Rio +20, a Jornada Mundial da Juventude, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo FIFA consolidaram a posição do Brasil no setor. Um dos troféus para a qualidade dessas realizações veio em 2013, quando o Grande Prêmio de Interlagos, em São Paulo, foi eleito o melhor do circuito da Fórmula 1. Em seguida, uma grande “onda de unanimidade” sobre a Copa 2014 ganhava o mundo: o campeonato de futebol movimentou quatro milhões de turistas, entre brasileiros e estrangeiros de 203 nacionalidades, que viajaram por aproximadamente 500 destinos nacionais.

A rede hoteleira comercializou 980 mil diárias e os 21 principais terminais aeroportuários receberam 17,8 milhões de passageiros no período do campeonato. A grande visibilidade que esses eventos deram ao Brasil permitiram ao país a conquista do status internacional de bom anfitrião: 95% dos visitantes estrangeiros da Copa do Mundo têm intenção de retornar ao Brasil.

Vanessa Sampaio

 

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