Galápagos é destino certo para quem busca contato com a natureza

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O arquipélago de Galápagos tem paisagens naturais para viajante (e cientista) nenhum botar defeito: areias brancas banhadas pelo Pacífico, vulcões ainda em atividade, extensas áreas verdes com flora endêmica e uma exclusiva área marinha com 133 mil km², considerada a segunda maior reserva marinha do mundo.

Nesse selvagem cenário equatoriano formado em um dos arquipélagos oceânicos mais complexos do planeta, o maior e melhor atrativo é a vida animal e seu sensível ecossistema.

Embora tenha sido descoberta em 1532, a região foi colonizada três séculos mais tarde, o que garantiu a seus ilustres e exclusivos habitantes (os animais, claro) a preservação de uma biodiversidade original e intocável durante anos. O resultado é uma maior tolerância à aproximação humana que, associada à formação vulcânica das ilhas e ao encontro de correntes de águas quentes e frias vindas dos extremos do planeta, é responsável por um emocionante espetáculo da natureza que inclui espécies raras como as tartarugas gigantes centenárias da Ilha Santa Cruz, iguanas marinhas únicas em todo o mundo, simpáticos gansos patolas de patas azuis e desengonçados leões marinhos que cruzam, sem pressa, o caminho de visitantes.

Quando Charles Darwin partiu daquele território inóspito, em 1835, levava na bagagem experiências suficientes para sustentar a mais polêmica das teorias científicas dos séculos seguintes, a Teoria da Evolução. Os dias naquelas ilhas quase desabitadas e desconhecidas foram de intensos trabalhos de coleta de dados e, cinco semanas mais tarde, o jovem cientista inglês trazia nas malas argumentos suficientes para fazer o mundo refletir sobre a ideia de que a raça humana não é superior e que todos os animais são resultado de adaptações ao meio ambiente e mudanças genéticas passadas de geração em geração.

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Declarado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera (pela Unesco), o arquipélago de Galápagos é formado por 13 ilhas maiores, seis pequenas e outras dezenas de ilhotas e rochas que abrigam, cada uma, um habitat com características únicas, cujas espécies animais são encontradas apenas naquele pedaço de terra.

Apenas 3% de seu território é habitado. Santa Cruz, principal ilha de Galápagos, São Cristóbal, Isabela, Floreana e Baltra são as únicas com desembarque e permanência permitidos para visitantes, cenários suficientes para compreender por que Darwin e todos os outros investigadores da expedição HMS Beagle deixaram aquele terreno vulcânico carregados de questionamentos.

Se a sua estadia for inferior a uma semana, é melhor rever a programação. Ou você acredita que um arquipélago com mais de cinco milhões de anos com sete mil animais catalogados merece uma visitinha rápida? Aliás, se a ideia for lagartear sob sol forte em praias de areia branca, o destino também deve ser repensado. Que nos perdoem os simpáticos e receptivos ilhéus, mas a vida animal e o entorno exclusivo de Galápagos, em que o endemismo faz parte de 75% das plantas e 25% dos organismos marinhos, ainda são o principal motivo da visita à região.

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