Comissários são anfitriões do turismo brasileiro

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A goiana Nilva de Oliveira Honorato, de 57 anos, nunca tinha entrado em um avião até fazer o primeiro voo durante o curso de formação para comissária de bordo, em 1978. A partir daí foram mais de 20 anos trabalhando em uma grande empresa do setor, fechada em 2001. Há cinco anos, porém, é comissária em uma das maiores companhias aéreas do Brasil. “Minha profissão é voar e será assim para o resto da vida”, disse.

Hoje, com mais de 25 anos de experiência, Nilva conhece todas as capitais brasileiras, muitas cidades do interior, além de já ter visitado Amsterdã, Londres, Portugal, Viena (Áustria), Miami, Orlando, Washington e Nova York, entre outras grandes cidades do mundo. Ao longo de anos de profissão foram muitas histórias especiais. A mais marcante foi o encontro com o ex-marido, também comissário, com quem teve as filhas Priscila e Ludmila.

A maior parte das viagens começa dentro de um avião, de acordo com o último boletim de intenção de viagem do Ministério do Turismo. O transporte aéreo se tornou o meio de transporte mais usado por turistas brasileiros. A maioria (64,4%) dos viajantes com intenção de viajar pelos próximos seis meses o fará de avião. 

Ao contrário do que muitos pensam, a aeromoça garante que é possível conciliar maternidade e vida profissional. “Sempre fui uma profissional dedicada e uma mãe muito presente, nunca perdi uma festa ou reunião na escola. Não é fácil, mas é possível harmonizar a profissão com a vida pessoal sendo uma pessoa determinada, organizada e otimista”, disse.

Preparados para lidar com situações de emergência, os comissários resolvem conflitos, situações de emergência e até de sobrevivência. Nilva se lembra de quando prestou socorro socorro a três passageiros em um voo turbulento entre Miami a São Paulo. 

A história de Nilva marca o Dia Internacional do Comissário de Voo, comemorado em 31 de maio, e revela a importância desse profissional responsável por zelar pela segurança e pelo conforto dos passageiros e sua importância para o turismo brasileiro.

A profissão surgiu em 1930 com a atuação da primeira aeromoça da história, uma enfermeira americana a bordo de um voo entre as cidades de São Francisco e Cheyenne, para atender passageiros com enjoo. Até pouco tempo, a profissão era exclusivamente feminina. Só depois, com a inclusão de homens, os profissionais passaram a ser chamados de comissário de bordo (ou voo).

Para obter a licença de comissário de voo é necessário fazer um curso preparatório em uma escola credenciada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgão do governo federal que normatiza, fiscaliza e controla a aviação civil no país.

 

por Tatiana Alarcon

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